Obama é um Falcão, que não restem dúvidas disso.

Na melhor tradição, Obama é um falcão

(…)Edward Dowling escreveu: “Os dois maiores obstáculos para a democracia nos Estados Unidos são: primeiro, a ilusão generalizada entre os pobres de que temos uma democracia, e segundo, o terror crónico entre os ricos de que tenhamos uma”.

Mais uma vez o jornalista John Pilger através de um artigo claro e curto, chama-nos para a realidade crua.

Obama é um Falcão.

Provavelmente até pior que Bush Jr, infelizmente mais uma vez os media estão a construir uma imagem virtual do candidato à presidência dos EUA, e que, como sabemos, tem repercussões por todo o mundo.

Na pele de pomba que nos é apresentado, tal como foi Harry Truman, o liberal democrata dito ser um humilde homem do povo, que avançou para mostrar quão duro era arrasando duas cidades com a bomba atómica.“, estará um futuro, senão, já presente, FALCÃO.

Mas vamos ao concreto, porque afirma John Pilger que Obama é um Falcão?
A resposta encontra-se no artigo “Na melhor tradição, Obama é um falcão”, deixo pois aqui algumas citações do artigo que explicam a tese de Pilger.

Na melhor tradição, Obama é um falcão

Por exemplo, desde que comparei Obama com Robert Kennedy nestas páginas, ele fez duas importantes declarações, mas não deixaram que as suas implicações atrapalhassem as celebrações. A primeira foi na conferência do American Israel Public Affairs Committee (Aipac), o lobby sionista, o qual, como destacou Ian Williams, “conseguirá que você seja acusado de anti-semitismo mesmo que tenha citado o sítio web da mesma para mostrar do seu poder”. Obama já efectuou a sua genuflexão, mas dia 4 de Junho foi mais além. Ele prometeu apoiar uma “Jerusalém não dividida” como capital de Israel. Nem um único governo sobre a terra apoia a anexação israelense de toda a Jerusalém, incluindo o regime Bush, o qual reconhece a resolução da ONU que designa Jerusalém como cidade internacional.

Na melhor tradição, Obama é um falcão

A sua segunda declaração, amplamente ignorada, foi feita em Miami a 23 de Maio. Ao falar à comunidade cubana expatriada – a qual ao longo de anos produziu dedicadamente terroristas, assassinos e traficantes de drogas para administrações estado-unidenses – Obama prometeu continuar o feroz embargo a Cuba que ano após ano tem sido declarado ilegal pelas Nações Unidas.

Mais uma vez, Obama foi além de Bush. Ele disse que os Estados Unidos haviam “perdido a América Latina”. Descreveu os governos democraticamente eleitos na Venezuela, Bolívia e Nicarágua como “vácuos” a serem preenchidos. Levantou a insensatez de uma influência iraniana na América Latina e apoiou “o direito da Colômbia de atacar terroristas que procuram lugares seguros além das suas fronteiras”. Traduzido, isto significa o “direito” de um regime, cujo presidente e políticos principais estão ligados a esquadrões da morte, invadir seus vizinhos no interesse de Washington. Ele também apoiou a chamada Iniciativa Merida, a qual a Amnistia Internacional e outros condenaram como sendo os EUA a levar a “solução colombiana” para o México. E não parou aqui. “Devemos pressionar mais o Sul também”, disse ele. Nem mesmo Bush disse isso.

John Pilger termina o artigo, frisando que “Por muito que a cor da sua pele influencie tanto racistas como
apoiantes, isso de qualquer forma é irrelevante para o jogo da grande
potência. O “momento verdadeiramente excitante e histórico na história
do EUA” só ocorrerá quando o próprio jogo for contestado.”

Não estando no artigo mas também por diversas vezes afirmado pelo próprio durante a campanha, Obama pretende manter as tropas no Iraque e no Afeganistão e não lhe repugna própriamente uma intervenção militar no Irão.
Mais palavras para quê, quem mais uma vez espera que algo de importante saia das próximas eleições norte-americanas, está a enganar-se e a construir mais uma vez uma realidade virtual que nada tem a ver com os factos e com a realidade efectiva em que vivemos, infelizmente os maiores criadores dessa pseudo-realidade são os senhores e senhoras da suposta esquerda e centro direita que pululam pelos media portugueses e na AR.